Incrementando

#95Diagnóstico da Gestão de Resultados – Dimensão Informações – Números Fundamentais II

Diagnóstico da Gestão de Resultados – Dimensão Informações – Números Fundamentais II

Para encerrar o assunto sobre a margem de contribuição que iniciei no INCREMENTANDO anterior: este é um indicador que além de possibilitar entender o desempenho e de criar estratégias para as unidades gerenciais, é também um “divisor de águas”.

Pois ele divide a apuração do lucro em duas partes. A primeira, os custos, são gastos compulsórios e as decisões para aumentar o percentual de margem estão relacionadas a: preço de venda, preço de compra, portfólio de produtos (serviços) vendidos, e processos produtivos (entrega dos serviços). Já as despesas fixas, ocorrem em função das definições da empresa relacionadas a sua estrutura: local, equipe, tecnologia etc. E, o seu tamanho é fruto das decisões da maneira como produtos são produzidos, serviços executados e entregues.

Para concluir os Números Fundamentais relacionados à lucratividade, há o Ponto de Equilíbrio. Este representa o faturamento necessário para pagar somente custos e despesas operacionais, sem gerar resultados:

O principal objetivo deste indicador é mostrar de onde parte qualquer desafio de vendas e entrega. Demonstra também a vulnerabilidade do negócio, já que quanto mais próximo do ponto de equilíbrio, maior o risco.

E a principal ação a partir dessa análise, além do que já foi dito sobre margem de contribuição, é exercitar o questionamento, que na verdade deveria ser constante, sobre o quanto cada um real de despesa está agregando valor ao negócio.

Agora vamos iniciar o conjunto de indicadores de caixa. O principal conceito deste grupo é o da necessidade de capital de giro (NCG).

Este indicador está totalmente relacionado com prazos que são negociados com clientes e fornecedores, assim como é consequência da gestão de compras e estoques. Em outras palavras, quanto mais tempo o dinheiro ficar na mão do cliente e “parado” no almoxarifado, e mais rápido for para as mãos do fornecedor, menos tempo ele ficará no caixa da empresa.

O tal do Capital de giro (CDG) que tanto se fala, nada mais é do que os recursos que ficam girando: vão para fornecedores quando materiais são comprados, os quais ao mesmo tempo vão para os estoques (incluindo o processo produtivo), e ao serem vendidos transformam-se em contas a receber, até que chega o dia do recebimento e finalmente vão para as contas bancárias da empresa.

Esse é um processo que se repete constantemente enquanto o negócio estiver operando.

Tudo é dinâmico dentro de uma empresa, e é por causa disso que é importante analisar a Variação da NCG.

Este Número Fundamental ajuda a compreender se a gestão também está atenta às questões do caixa. Pois a NCG tende a variar em função das alterações de faturamento, mas também conforme a gestão de estoque e dos prazos negociados com clientes e fornecedores.

E é aí que as pessoas de negócios podem atuar: agregar valor para clientes, fornecedores, rever processos e, principalmente, gerenciar os estoques.

 

 

 

Índices de agosto a outubro de 2016
 
Lucratividade
Total Industria
Varejo Serviço

Liquidez

Total Indústria Varejo

 *Quando se obtém prejuízo, não são calculados indicadores onde o denominador é o resultado operacional. Isto porque o objetivo destes é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa. 

A lucratividade continua positiva, mas um pouco menor. As operações formaram caixa, entretanto os saldos diminuíram. E, a inadimplência reduziu no Varejo e voltou a subir na Indústria.