Incrementando

#89Porquê cuidar da Consciência e Experiências ajudam nos Resultados???

Porquê cuidar da Consciência e Experiências ajudam nos Resultados???

Eu concluí o último boletim discorrendo sobre a necessidade de desenvolver na equipe a Consciência de Resultados e proporcioná-los Experiências de Resultados: momentos onde a análise, e não avaliação, dos indicadores gere aprendizados, inspire a criar e inovar em busca de melhores lucros e caixas.

Aprofundando mais a primeira questão, conforme escrevi, ainda é muito comum encontrar empresas onde as pessoas não têm consciência sobre os porquês dos negócios necessitarem gerar lucro. Há uma tendência das pessoas, por total falta de conhecimento, acharem que o único destino do lucro é o “bolso do dono”. Enriquecer outra pessoa, será que motiva qualquer um de nós? Com esse pensamento, será que os colaboradores vão “cuidar” dos resultados da empresa?

Em primeiro lugar é importante que o principal motivo das pessoas levantarem todas as manhãs das suas camas e se dirigirem para seus locais de trabalhos deve ser um propósito inspirador, algo que deixe alguma contribuição para o mundo. Até porque sem isto, surge um outro problema (que não vou explorar), a empresa terá funcionários trocando hora por dinheiro.

Trabalhar por uma causa deve ser a principal busca de qualquer negócio, já que toda atenção de líderes e equipe se volta para isto. Porém, neste ponto pode surgir o problema, conforme citado no parágrafo anterior, pela falta de entender que qualquer propósito sempre precisará de investimentos, e que estes precisam ser financiados pelo lucro.

Além disto é preciso explicar que uma parte dele (lucro) tem uma função social: o imposto de renda e a contribuição social.

Outro destino dele, e um dos conhecimentos mais importantes a ser transmitido para a equipe é que lucro e caixa são diferentes. Precisam saber que é comum nas empresas contas serem pagas antes de acontecer os recebimentos dos clientes, ou seja, que existe a tal da NCG (Necessidade de Capital de Giro), e que é o lucro que financia cada aumento desta.

A parte tudo isto, eu venho insistindo com nossos clientes que negócios precisam formar reservas, para suprir momentos inesperados de dificuldades ou para aproveitar oportunidades. E, por fim, como acredito que não é pecado ganhar dinheiro – contribuindo com o mundo de alguma forma – sócios e acionistas devem ser remunerados como tal. Isto é diferente de pró-labore. Este refere-se ao “salário” do sócio que trabalha, o outro, a remuneração do investimento feito no negócio, da mesma forma que ocorre quando um valor é investido em uma poupança.

Resumindo, lucro serve para investir, formar CDG (capital de giro), formar reservar e remunerar sócios e acionistas.

Agora aprofundando a questão das Experiências de Resultados. Na maior parte das empresas, números, e principalmente os financeiros, são utilizados como instrumento de cobrança e de pressão. Neste ambiente o medo se instaura, e as pessoas buscam maneiras de se defender.

Então, pergunto, com medo quem é capaz de criar algo? Difícil. Já pensou que resultados diferentes carecem de ações diferentes, que por sua vez, precisam da criatividade da equipe? Pois é…

 

Índices de fevereiro a abril de 2016
 
Lucratividade
Total Industria
Varejo Serviço
Liquidez
Total Indústria Varejo
 
*Há três indicadores cujo denominador é o lucro operacional. Portanto, toda vez que este for negativo, não faz sentido calcular tais índices da maneira que fazemos e com o propósito que temos neste boletim. Então, no gráfico esses aparecerão iguais a zero. Isto porque o objetivo é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa.
 

As questões que mais chamam a atenção e precisam ser debatidas e definidas ações junto com a equipe: crescimento dos prazos de estoques de Indústria e Varejo e a inadimplência deste último.