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#169Gerúndios são grandes inimigos dos resultados.

Gerúndios são grandes inimigos dos resultados.

HUMANIZAR NÚMEROS PARA VIVER A ABUNDÂNCIA DE UMA NOVA ECONOMIA.

“Está sendo feito. Está saindo. Estou começando. Está caminhando. Estou gerando. Estamos indo. Estou cuidando. Estamos entregando. Estou concluindo. Estamos avaliando, levantando, estudando, pensando, terminando, reunindo, produzindo, investigando, tentando entender etc.”

 

Quem nunca ouviu uma dessas frases do colaborador, líder, fornecedor ou prestador de serviços? É a fórmula certa para que os resultados não aconteçam. Segundo o Wikipédia, “...gerúndio é qualquer uma das várias formas verbais não finitas...”. E, se não tem fim, significa que o resultado nunca será entregue. Segundo o www.mundodaeducacao.uol.com.br, em algumas frases como as do primeiro parágrafo: “...o gerúndio está cumprindo adequadamente o seu papel, perdendo algumas características de verbo e ganhando outras características de nome, não importa se substantivo, adjetivo ou advérbio...”. Segundo o Dicio – Dicionário Online de Português, uma ação é “resultado do fato de agir, daquilo que se faz...” E ainda, um dos sinônimos, acontecimento, e o antônimo, inércia.

Toda vez que necessitamos ou desejamos incrementar o lucro e o caixa de uma empresa, é necessária uma ação de cultivar o que vem dando certo e/ou ajustar o que pode melhorar e/ou deixar de fazer algo e/ou ainda iniciar uma ação nova. 

 

Qualquer uma dessas iniciativas requer uma Providência ou um (Meta)Projeto (plano de ação). Um conjunto organizado de acontecimentos que tire uma situação do “ponto A” e leve para o “ponto B”. A primeira tende a ser uma ação mais curta e mais simples de implementar. Já a segunda, alguma coisa mais complexa, uma construção ou uma mudança mais profunda e mais demorada.

 

 Agora, em nenhum dos dois casos podemos aceitar os gerúndios como “estou agindo”, porque aumenta muito a chance de o resultado não acontecer, conforme expliquei acima. Tanto em uma Providência quanto em um Projeto não podem faltar: um responsável, o prazo em que a ação será concluída e os resultados que se espera da ação. Um responsável, porque precisa ter um “dono”, alguém que lidere, que reúna as pessoas. Prazo, para que ninguém crie uma expectativa de que virá um resultado antes, mas também que possa ter uma data para o acontecimento ser cobrado.

 

 Em um projeto, que requer uma elaboração mais criteriosa, além do que foi citado no parágrafo anterior, é fundamental conter outros elementos. Um cronograma com a sequência e os prazos de cada etapa (eu prefiro, a planta de serviços criada pela Metanóia), pois isto ajuda não só a saber a ordem daquilo que tem que ser feito, mas também a não esquecer de nada. O porquê de a ação estar sendo realizada (objetivo principal ou jugular), para garantir que realmente será relevante para a empresa, e o mais importante, é que ajuda a dar significado para os envolvidos. Um para quem, ou melhor, quem serão os beneficiados do que será realizado, que ajuda também com o significado. 

 

No entanto, tem mais um componente essencial dos projetos que percebo que o pessoal “não tem dado muita bola” para ele, os indicadores. Estes são fundamentais porque têm o papel de orientar para o resultado esperado, de ajudar no acompanhamento e saber como está o andamento, de inspirar porque as etapas estão sendo cumpridas, de estimular porque ainda precisa de um pouco mais de energia para atingir os desafios, e o mais importante, gerar aprendizados. Indicador, como já escrevi algumas vezes, é uma ferramenta poderosa para apoiar na gestão. É um dos melhores instrumentos para evitar os gerúndios. 

 

 

 

Marcelo Simões Souza