Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Desde a edição 76 eu venho abordando sobre a necessidade de se possuir informações adequadas para melhorar o lucro e o caixa. Nos dois boletins anteriores eu discorri sobre os benefícios do custeio direto em relação ao rateio. Neste, o objetivo é encerrar o assunto tratando dos temas: organização das despesas (plano de contas) e depreciação.
No INCREMENTANDO 76 eu escrevi que independente de qualquer teoria contábil ou financeira, o importante é arranjar as informações de uma maneira que contribua com as decisões. Há duas maneiras de organizar as despesas: Área (ou setor, ou departamento etc.) ou Responsabilidade.
Na primeira aloca-se o gasto no local onde ele está. Por exemplo, na maior parte das empresas a maior utilização da telefonia é na Área Comercial, então é nesta onde fica alocada tal despesa. Outro exemplo: via de regra o aluguel em uma indústria é alocado na Área de Produção, já que é quem ocupa o maior espaço. E assim por diante.
Aqui vale uma observação importante, como o rateio não é recomendado, a sugestão é que não se tente definir o percentual de quanto cada área utiliza de telefone, imóvel e qualquer outro gasto, com o intuito de alocar frações dessas despesas em cada uma delas.
Ao optar por essa modalidade de organização do plano de contas, a orientação é identificar o maior usuário do gasto e coloca-lo sob seu controle.
A outra maneira de organizar as despesas, por sinal a minha preferida, por Responsabilidade, implica em organizar os gastos em função das pessoas que podem ser responsáveis em cuidar da despesa. Eu coloquei essas duas palavras propositalmente em negrito. Pois, o importante é que o dono da conta tenha possibilidades de “tomar conta”, interferir e agir na despesa sob sua responsabilidade.
Nos dois exemplos dos parágrafos anteriores, aquelas contas deveriam ficar nas áreas onde estão as pessoas que possam estar sempre orientando as equipes para a melhor utilização desses. Não necessariamente na área Comercial e de Produção. Devem estar sob a responsabilidade de colaboradores que possam estar sempre buscando alternativas para o melhor custo-benefício de Corpo, Mente e Alma. E, para concluir, uma ressalva: o mais importante não é o “real pago”, mas sim o quanto este contribui para os resultados da empresa, para agregar valor para o cliente e para o orgulho e bem-estar da equipe.
O último tema desta série de três boletins. Agora, para que serve a depreciação (do ponto de vista gerencial e não contábil)? Definição do Wikipédia: é o custo...decorrente do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados, como por exemplo máquinas, veículos, móveis, imóveis ou instalações. Portanto, traduzindo isto, o faturamento precisa ser tal que ao abater os gastos desembolsáveis (pagos), precisa sobrar um lucro suficiente para repor e atualizar os ativos imobilizados. E qual a regra, se cada empresa tem as suas necessidades? Diante disto, a recomendação é definir as necessidades de investimentos da sua empresa em um determinado período, e determinar qual o lucro mínimo que o negócio precisa gerar para manter seus ativos físicos em condições de apoiar equipes e clientes.
Marcelo Simões Souza
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