Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Espero que meus colegas financeiros não se incomodem com esta afirmação: finanças é mais simples do que parece. Para começar, apesar da literatura normalmente nos apresentar uma série de índices, no universo financeiro existem só três indicadores, os demais são elementos ou derivações destes. E, na verdade para a Gestão da Prosperidade são somente dois deles que importam: lucro e caixa. Porque, o outro indicador, rentabilidade, é um índice de análise patrimonial, ou seja, serve para apoiar as decisões societárias no que diz respeito à alocação dos investimentos.
Porém, eu tenho muitas dúvidas se o tal ROI (Return On Investments) de fato ajuda nessas decisões. Este índice foi criado quando se entendia que os ativos físicos eram os maiores geradores (se é que isto aconteceu algum dia) de resultados, pois ele é calculado através da divisão do lucro pelos ativos imobilizados: máquinas, equipamentos, imóveis, veículos etc. Então eu pergunto, qual é realmente o maior responsável pelos resultados de uma empresa nos dias de hoje? Pessoas, marca, conhecimentos, enfim, ativos intangíveis. E como se faz para calcular o valor destes? Por causa disto que eu questiono o papel deste indicador, até mesmo para os acionistas.
O lucro é o indicador que demonstra a riqueza econômica gerada por uma empresa. O seu conceito é simples, compara as recompensas obtidas (em finanças isto é denominado faturamento) a partir dos esforços empregados (gastos).
Ou seja, do ponto de vista financeiro, tudo que é gasto em uma empresa serve para gerar receita, e o lucro mostra a eficácia disto. O seu cálculo pode gerar uma certa complicação, porque os dados que compõem a conta podem ser apurados em dois momentos. O mais usual é, quando há um registro de uma “nota fiscal”, seja de uma aquisição ou de uma entrega (de produtos ou serviços). Mas, em alguns casos, para facilitar, pode ser quando há uma movimentação de dinheiro na conta corrente. Porém, o mais importante é atrelar ao máximo, esforços e respectivas recompensas.
Indicadores como margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de cobertura são detalhamentos da lucratividade. O primeiro é resultado entre faturamento e gastos que são possíveis de serem identificados em um produto, serviço ou cliente: custos com impostos, matéria-prima, mercadoria, taxas das operadoras etc. Ponto de equilíbrio é o faturamento necessário para pagar só os gastos operacionais, e não gerar nenhum lucro Margem de cobertura demonstra o quanto da despesas fixas do apoio são pagas (cobertas) pela margem de contribuição de uma unidade gerencial (produto, serviço, cliente, loja etc.)
O caixa, depende do volume – reflexo do lucro – e dos prazos que o dinheiro entra e sai da conta corrente. Itens em estoque e prazos concedidos a clientes, refletem o dinheiro que pertence ao negócio, mas está fora do caixa. E, por outro lado, contas a pagar é dinheiro dos outros que ainda não saíram do caixa. O índice Necessidade de Capital de Giro, calculada através da soma de contas a receber e estoques, e subtração do contas a pagar, tem o objetivo de mostrar a gestão dos prazos. Como disse, mais simples do que parece.
Marcelo Simões Souza
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