Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Há empresas sem nenhum e outras com 1, 10, 30, 60, 100 indicadores. Não importa a quantidade. Apesar de eu entender que possuir muitos números é tão ruim quanto não ter nenhum. Pois, analisar todos é inviável, se não as pessoas passariam o tempo só avaliando índices. Por outro lado, é comum as pessoas ficarem confusas sobre qual devem escolher para avaliar, e podem acabar não analisando nenhum com a profundidade necessária. Na verdade, o importante é que os índices ajudem as pessoas a gerenciar aquilo que está sob sua responsabilidade. Pode ser a empresa como um todo, um empreendimento, uma unidade de negócio, uma área, um departamento, um processo, um projeto, uma atividade etc. Da mesma forma que um médico utiliza números de exames laboratoriais para melhorar os resultados do seu trabalho, pessoas de negócio também podem aprimorar o desempenho da sua gestão com indicadores.
Conforme tenho escrito e dito constantemente, resultados são consequências das ações realizadas pelas pessoas que fazem parte de uma empresa. Portanto, melhorá-los implica em agir de maneira diferente. Diante disto pode surgir uma pergunta: como saber o que vai gerar resultados? Impossível ter uma certeza absoluta. Não há como realizar algo sem riscos de gerar déficits econômicos e financeiros (Corpo), e/ou não encantar o cliente como se esperava (Mente), e/ou ainda não afetar negativamente os sentimentos dos envolvidos (Alma). No entanto, é perfeitamente factível reduzir tais riscos. Isto pode ser feito através do aumento de conhecimento sobre como as realizações de todos impactam nos resultados. Já que a principal “matéria-prima” da decisão é o conhecimento daqueles que decidem. Então, conhecimentos aprimorados geram decisões mais acertadas, as quais produzem ações aperfeiçoadas, que por sua vez alcançam melhores resultados.
Conhecimento por sua vez, é a informação processada. E, número, que é uma informação, nada mais é do que a tradução dos reflexos das realizações de uma empresa, no lucro, no caixa, na fidelização de cliente e no comprometimento de colaboradores. Diante disto um requisito essencial para aumentar o conhecimento do gestor é que este entenda o que o número está “dizendo.” Assim como, para aprender economia através de um livro escrito em inglês, é necessário compreender este idioma. Para aprender como cada ação reflete nos resultados é fundamental conseguir interpretar os índices. A outra condição para que os números se transformem em conhecimentos que melhorem o desempenho, é o alinhamento desses com o que de fato afeta os resultados. Não consigo compreender, por exemplo, por que as montadoras utilizam como um dos principais indicadores, a quantidade de carros produzidos por dia. Em função disto, conduzem suas ações no sentido de aumentar esse índice. De que adianta, se o cliente não estiver satisfeito e disposto a comprar? Os pátios ficam cheios e, para “desovar”, são obrigados a fazer promoções, sacrificando assim a lucratividade. O indicador precisa estar focado nos fatores que realmente trazem resultados.
Enfim, eu insisto: indicador é uma ferramenta de gestão, só tem sentido existir quando ajuda o gestor (da empresa, área, atividade etc.) a aprimorar os resultados do que está sob sua responsabilidade.
Marcelo Simões Souza
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