Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Nos meus trabalhos de consultoria eu venho presenciando um fato bastante interessante: há uma boa quantidade de empresas que possuem indicadores, às vezes até em número excessivo, mas não estão conseguindo utilizá-los para melhorar seus resultados. O que será que está acontecendo? As empresas precisam refletir seriamente sobre isto. Pois, além desse grave problema com os resultados, também gera desperdício do tempo e desgaste para as pessoas envolvidas em elaborar.
A primeira pergunta que deve ser feita é se os índices apurados estão medindo de fato o que está precisando ser gerenciado? Robert Kaplan, autor do “Balanced Socorecard”, diz: “...nós só gerenciamos aquilo que medimos...”; e eu acrescento, então devemos medir o que precisa ser gerenciado. De nada servirão números que não estiverem tratando das prioridades da empresa do momento. Os indicadores não são eternos então? Quase isto. Estes devem ser uma ferramenta de auxilio no incremento dos resultados. Precisam ajudar no entendimento dos fatores que interferem no desempenho econômico (formação de lucro) e financeiro (geração de caixa) do negócio. Porém, vale lembrar que em uma empresa existem dois tipos de indicadores: de resultados e de processos. O primeiro avalia se a empresa conseguiu atingir seus objetivos.
De maneira simplista: gerar lucro e caixa, e fidelizar e gerar valor para colaboradores e clientes. Esses índices nunca deixarão de existir, já que são prioridades constantes para os negócios.
Por outro lado, há o grupo de indicadores que ajudam a compreender o que está acontecendo com os caminhos adotados para chegar nos resultados. Por exemplo, nenhuma empresa tem como objetivo gerar ou não desperdício. No entanto, em uma determinada fase pode ser um elemento crucial na geração de lucro, o que gera a necessidade de um índice de desperdício para acompanhar se as ações para reduzi-lo estão fazendo efeito. Mas, quando este for reduzido a zero ou atingir os menores níveis possíveis, e aliado isto for entendido que não há chance do desperdício voltar, então o indicador deixa de ter relevância.
A pergunta seguinte é: os indicadores são compreendidos por todos aqueles que precisam utilizá-los no processo decisório? Tem significado para eles (tomadores de decisão)? Normalmente quem precisa interpretar os resultados não tem a mesma habilidade de quem elabora os índices. Estes precisam ser descomplicados, de fácil leitura e adaptados a cada nível de responsabilidade dentro da empresa. Não estou com isto querendo dizer que as pessoas não podem ter acesso as informações da empresa, mas que não será útil para elas ter que analisar o que não contribuirá em nada para o significado e desenvolvimento do seu trabalho.
Outra pergunta: quais as dinâmicas existentes hoje dentro da empresa para a análise, aprendizado e tomada de decisão a partir dos indicadores? Não faz sentido em criar indicadores e não implementar uma rotina para utilizá-los. Até porque, quanto mais eles são utilizados, mais se aprende, mais desejarão utilizá-los, e assim por diante, criando um circulo virtuoso na Gestão de Resultados.
Eu tenho insistido que os números nas empresas tem a mesma finalidade que os termômetros para a nossa saúde. Em outras palavras, quando o termômetro indica que a temperatura do nosso corpo está fora do normal, o procedimento natural deve ser investigar a fundo o que está acontecendo para ter um diagnóstico e um prognóstico. Portanto, essas médias (de empresas que gentilmente vêm cedendo seus números mensalmente) publicadas nesta seção do boletim, têm como objetivo servir como mais uma ferramenta para a liderança utilizar na análise dos resultados do negócio.
Marcelo Simões Souza
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