Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Desde o INCREMENTANDO número 36 eu venho abordando um assunto fundamental para o desenvolvimento próspero de uma empresa: tudo aquilo que precisa ser desenvolvido e/ou alterado para transformar números em ferramenta de aprendizado, de tal forma que ajudem a comprar, processar, estocar, vender e prestar serviços, gerando lucro e caixa. Para isto as empresas necessitam desenvolver e gerenciar os quatro pilares que sustentam a Gestão de Resultados.
No boletim anterior abordei sobre o Modelo de Apoio às Decisões Gerenciais. Nesta edição vou tratar do pilar que compreende os processos de controles e registros de todas as movimentações financeiras e de materiais que ocorrem em uma empresa. A minha recomendação é que tais processos sejam estruturados de um modo que dados possam ser convertidos em informações. Pois, conforme diz o autor do livro “Sistemas de Informações”, Jayr Figueiredo de Oliveira: “...dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação...e...informação é o dado trabalhado que permite ao executivo tomar decisões...” Que interpretação poderia ser feita em uma reunião de resultados se o único dado disponível fosse que o faturamento da empresa havia sido de R$ 300 milhões, 20% a mais do que no mês anterior? E se depois descobrissem que custos e despesas foram de R$ 310 milhões?
Portanto, desenvolver e gerenciar o pilar Processos de Resultados, significa organizar os controles operacionais para que, além de cumprir com as funções básicas de controlar o que tem para pagar, receber etc., também proporcionem informações que apoiem nas tomadas de decisões que visam incrementar os resultados.
Para exemplificar o que estou querendo dizer, imaginem se uma empresa estiver registrando todos os pagamentos que faz em uma única conta com a denominação “gastos gerais”. Como os gestores conseguiriam identificar que despesa agrega ou não valor para o negócio? O responsável pela Gestão de Resultados na empresa deve então ajustar o processo para que esses registros aconteçam de acordo com um plano de contas gerencial, que permita aos gestores avaliar a contribuição para o negócio de cada esforço (despesa) que está sendo realizado.
O primeiro passo é garantir alinhamento dos controles com o Modelo. Na hipótese deste ter como definição a análise de margem de contribuição por linha de produto/serviço por exemplo, o faturamento e os custos intrínsecos (impostos sobre vendas, comissões, fretes de entrega e CMV/CSP) precisam ser registrados de acordo com isto. Outro ponto é assegurar a confiabilidade das informações, a fim de possibilitar um diagnóstico preciso do que está ocorrendo na empresa. O processo tem que cuidar para que juros pagos a fornecedores por exemplo, sejam lançados na conta de despesas financeiras, que as baixas do contas a receber sejam equivalentes aos registros em recebimentos de clientes, e assim por diante. Para encerrar, há dois elementos fundamentais para o sucesso desse desenvolvimento: treinar e dar significado aos envolvidos, e estar constantemente avaliando o custo-benefício entre o controle e a contribuição da informação no processo decisório.
Marcelo Simões Souza
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