Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Há uma célebre frase que diz: “...ações iguais, resultados iguais...”, mas eu faço um ajuste, “...resultados piores...”. Pois, as vontades, desejos, necessidades, anseios etc. mudam. Então se continuarmos fazendo as mesmas coisas, há uma grande probabilidade de não conseguirmos continuar “fazendo diferença na vida das pessoas”. Que nos sirvam de lição os exemplos da Kodak, Xerox, Sears etc.
Numa recente entrevista à revista Exame o CEO da Microsoft disse “...a ilusão de que o sucesso dura para sempre é algo que nós queremos expurgar da nossa consciência...”. Referindo-se ao fato de que a empresa ficou um bom tempo sem inovar depois do enorme sucesso do Windows e do “pacote Office”. E por causa disto perdeu boa parte do “encanto” que exercia no inicio dos anos 2000.
Estou provocando esta reflexão porque tenho percebido que as nossas empresas são mais reativas do que proativas. Fala-se muito em inovação, mas pratica-se pouco. Tenho testemunhado vários negócios tentando reagir às mudanças que ocorreram no mercado. É aí que está o grande problema: re-agir, vem depois de agir. E, na grande maioria das vezes a tarefa se torna muito árdua, já que “correr atrás” costuma ser mais penoso. Vide um time de futebol que toma um gol logo de cara, os jogadores precisam gastar mais energia para, no mínimo, igualar o placar.
Já faz um bom tempo que o poder mudou de mãos, do fornecedor para o consumidor. E este, por sua vez, cada vez mais rápido, vem mudando seus hábitos. Será que tem alguém que hoje não utiliza uma única mídia social? E as preocupações com a meio ambiente? Com a política? Idosos com poder aquisitivo. Adolescentes mais preocupados com significado do que em passar no vestibular. Crescimento do iFood, do Rappi, do Uber Eats. E, poderia dedicar uma edição inteira deste boletim só para listar as mudanças que vêm
ocorrendo nos últimos anos.
O mais interessante é que isto não é nenhuma novidade para ninguém. E pior, todos sabem que afeta profundamente os resultados do negócio. Então por que será que se fala tanto em inovação, mas na verdade pouco se faz?
Eu não escrevi este INCREMENTANDO para dar uma resposta para esta questão, até porque eu não tenho uma, mas sim para provocar uma reflexão. As riquezas, nas quatro dimensões, como nos ensina a Metanóia, só são geradas se fizermos diferença na vida de alguém.
Lucro, como já escrevi algumas vezes, é a combinação entre colaboradores que vivem seus propósitos na empresa e clientes que percebem que suas vidas estão melhores.
Dinheiro na conta depende de faturamento, gastos e gestão de prazos. O primeiro depende do que escrevi no parágrafo anterior. A grande questão é que esta percepção de valor muda a todo momento, e cada vez mais rápido. Aliás, a grande responsabilidade da empresa que quer prosperar é monitorar as mutações desta tal “percepção de valor”.
Então pergunto: as nossas empresas possuem processos, plantas de serviços, reuniões dedicadas à inovação? Estamos debatendo o depois de amanhã ou só resolvendo os problemas do ontem?
Marcelo Simões Souza
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