Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
O próximo mês (setembro) é normalmente o período no qual as empresas começam os trabalhos de planejamento, ou como prefiro, PREPARAMENTO, para o próximo ano. A grande questão é, será que todos entendem que o principal objetivo desse processo não é definir os números, mas sim determinar o que a empresa fará para atingir os números necessários? Que é o momento para decidir quais serão as ações para realizar o seu propósito com prosperidade? Para se preparar para aproveitar as oportunidades e superar os obstáculos que surgirem? Gandhi disse, “...cuide dos meios, que o fim cuidará de si mesmo...”. Eu parafraseio, defina os resultados necessários para financiar o propósito, e cuide das ações para que eles (resultados) venham.
O problema dessa atividade de planejar é que, na maior parte das empresas o trabalho fica concentrado na definição das metas. Em função disto, é comum os números ficarem sem consistência. Porque é muito difícil garantir que as metas acontecerão, quando os caminhos a serem trilhados não são bem construídos. Outro ponto, é que as metas costumam criar um clima de tensão muito grande na equipe, e entre esta e a liderança. Em alguns casos a pressão é tão grande, que “bater as metas” é o único pensamento que fica na cabeça dos colaboradores. Cliente, valores, resultados, etc., tudo fica em segundo plano. E, nem pensar que em um ambiente deste tipo alguém consiga criar algo novo para obter resultados diferentes. Além disto, as metas podem também “jogar contra” os resultados. Quando são atingidas, podem gerar uma acomodação na equipe. Ou seja, a equipe poderia ir além, os resultados poderiam ser melhores. No entanto, como as metas são o “centro das atenções”, depois de alcançá-las, ninguém mais pensa em nada.
Por essas e outras, que concordo com o que diz Roberto Tranjan: “...plano de metas não funcionam...”. O que funciona é planejar, pois este é um pensar coletivo e estruturado com o objetivo de construir o futuro. Conforme disse Jim Collins no seu último livro, Vencedoras por Opção. “Não podemos prever o futuro. Mas podemos criá-lo”.
Pensar coletivo, porque a recomendação é que o maior número possível de pessoas participe do trabalho. O objetivo é reunir todos os conhecimentos existentes na empresa sobre fatores externos (clientes, mercado e tudo que afeta o negócio) e internos (colaboradores, processos e recursos). Estruturado, porque todos que participam são estimulados a pensar e definir quais devem ser as tendências para tudo que afeta o negócio e, que oportunidades e obstáculos surgirão (cenário). Vale ressaltar que isto só é possível se a disciplina da Atenção estiver muito presente na empresa. Caso contrário, não há como identificar perspectivas. Agora, se isso for bem feito, muitas oportunidades e obstáculos podem surgir. Porém, nem todas estarão relacionadas com o propósito. Uma das etapas de planejar então, é decidir quais oportunidades devem ser aproveitadas e, obstáculos superados (objetivos). É também o momento de refletir e determinar os “comos” (metaprojetos/planos). Depois de tudo isso, e só depois de tudo isso, é que vem os números. Estes devem servir como referência para indicar se o caminho está certo, devem ser a bussola. Bom PREPARAMENTO do próximo ano.
Marcelo Simões Souza
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