
Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Medir resultados dá uma trabalheira danada. Pois, a empresa precisa ter um sistema bem implantado. Os procedimentos precisam ser ajustados de tal maneira que os registros da operação, além de servirem para o controle do que precisa ser recebido e pago, também gerem informações possíveis de serem interpretadas. Todo dinheiro e material que entra, se movimenta e sai da empresa, precisa de alguma forma ser apontado no sistema. O pagamento de um parcelamento de dívida, por exemplo, precisa ser lançado de tal forma que os juros fiquem registrados separadamente do valor que está sendo amortizado do montante “original” do empréstimo. Ao descontar uma duplicata ou antecipar cartões de crédito, deve-se dar um tratamento todo especial no sistema para essas operações. Etc. Tudo isso para uma “simples apuração de resultados”. Vale a pena? Como isto contribui com a empresa? Para que aumentar um pouco o trabalho das pessoas?
Eu tenho insistido nesses boletins que, resultados são consequências de tudo aquilo que é executado pelas pessoas que compõem uma empresa. Portanto, medir resultados significa saber se as realizações de colaboradores e líderes estão de fato contribuindo com o aumento do orgulho das pessoas em trabalhar na empresa (resultados na ALMA), com a satisfação do cliente em consumir as soluções do negócio (MENTE) e com o incremento de lucro e caixa (CORPO). Porém, a empresa pode escolher outro caminho: avaliar os resultados para controlar e/ou cobrar pessoas.
A avaliação de resultados é um instrumento à disposição da gestão do negócio e, como qualquer ferramenta, pode ser utilizado de diversas maneiras. Eu costumo dizer que uma faca pode servir para elaborar um delicioso prato na cozinha ou pode ser usada como uma arma letal, depende do usuário.
Enfim, a escolha é sua! A minha sugestão é que os indicadores tenham o mesmo papel de um painel de controle em um automóvel. Ou seja, que a preocupação fique concentrada em saber se a gasolina será suficiente para alcançar o destino – a formação de caixa será suficiente para financiar o desenvolvimento do negócio? A velocidade está condizente com a segurança de todos e com as exigências legais – o incremento das vendas será acompanhado pelo desenvolvimento da estrutura de apoio (produção, atendimento, entrega etc.)? Mas, também é importante saber se a maneira como o carro está sendo conduzido está ajudando no desempenho deste – será que o modo como a liderança está dirigindo a empresa está contribuindo com a melhoria dos resultados de Corpo, Mente e Alma? Porém, é importante entender que na maior parte das vezes o problema não está no veículo, mas sim na maneira como este é dirigido. Afinal de contas, por acaso sua empresa vende mimeógrafos, aparelhos de telex, fitas cassetes etc.?
Esta então é a principal, e na minha opinião, a melhor finalidade de medir resultados. Aumentar o conhecimento daqueles que gerenciam o negócio, a respeito de qual o reflexo nos resultados de cada ação. Se na sua empresa, após as reuniões de resultados mensais, a equipe sai sabendo mais sobre o negócio, você está no caminho certo. Agora, se isto não estiver acontecendo, é o mesmo que estar pilotando um veículo sem um painel de controles, ou sem utilizá-lo devidamente. Cuidado!
Marcelo Simões Souza
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