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Que decisões podem ser tomadas para cada indicador.

Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:

HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.



 

Eu tenho insistido com a frase: “números não explicam, só indicam”. Indicam o que? Os reflexos que um conjunto de ações causaram nos resultados – lucro e caixa, quando se olha para a dimensão econômica da empresa. A finalidade dos indicadores é apontar quais ações devem ser incentivadas (quando contribuem com o incremento dos resultados) e quais, revistas ou desestimuladas. Portanto, é fundamental correlacionar medidores e realizações para que tais decisões possam ser tomadas.

 

O lucro, de maneira geral, é uma composição entre faturamento, custos variáveis (impostos sobre vendas, comissões, fretes de entrega, insumos, materiais e mercadorias), e despesas com estrutura de apoio.

Os resultados desse índice mostram então – através do número do faturamento – os efeitos das decisões relacionadas ao que se faz para entender o mercado, atendê-lo, mostrar o quanto a empresa faz diferença na vida deste e como consequência, preços praticados, produtos, serviços e diferenciais oferecidos. Através dos custos, a lucratividade indica acertos e equívocos de decisões e ações relacionadas a fornecedores e processos de produção. A margem de contribuição, que é o resultado da diferença entre vendas e custos variáveis, combinada com a margem de cobertura (participação da margem de contribuição de uma unidade gerencial – produto, cliente etc. – no resultado total da empresa) são indicadores que apoiam decisões sobre o conjunto de clientes atendidos, portfólio de produtos, posicionamento e preços destes. E, se da margem de contribuição, for subtraído as despesas diretas, ou seja, gastos específicos de uma unidade de negócios (loja, fábrica etc.), chega-se a outro indicador o qual contribui na análise de viabilidade destas unidades.

 

Por fim, o lucro é uma comparação entre esforços – em finanças, isto é entendido como gastos – e as recompensas conquistadas por estes (esforços) – faturamento. Portanto, os dispêndios em uma empresa tem como objetivo gerar recompensas. Esse indicador então aponta se a estrutura está adequada à receita gerada, apoiando decisões quanto aos recursos utilizados e gestão dos talentos.

 

Como lucro não é caixa, e como há outros fatores que também afetam a liquidez, então existe outro conjunto de indicadores para tomar decisões a respeito do caixa: Necessidade de Capital de Giro (NCG), variação desta, prazos (recebimentos, pagamentos e estocagem) e tamanho ótimo. A recomendação é que o processo decisório inicie por este último índice, já que este indica se o lucro operacional foi capaz de suportar o aumento dos investimentos em estoques, clientes e amortização de fornecedores (aumento da NCG). Quando a variação da NCG é maior do que o lucro operacional significa que os recebimentos de clientes foram menores do que os pagamentos de gastos operacionais, gerando redução do caixa. Portanto, para reverter esta situação, devem ser tomadas decisões para aumentar o lucro e para reduzir a NCG. O que fazer para mexer com a primeira variável foi o tema dos dois parágrafos anteriores. Agora, o que afeta a NCG? Os prazos. Quanto maior o prazo de recebimento e o tempo que itens ficam parados no estoque, mais demora para o dinheiro entrar no caixa. Quanto menor o prazo de pagamento, mais rapidamente o dinheiro sai. Enfim, esses indicadores de liquidez auxiliam em decisões relacionadas a prazos negociados com clientes e fornecedores, processo de produção e estratégia de compras (tempo de itens no estoque).



Marcelo Simões Souza


 



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