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Resultados não podem ser controlados. Só é possível dominar as realizações.

Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:

HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.



“Nós nunca controlamos totalmente os resultados em nossa vida...tudo que podemos fazer é aprender a controlar nossas ações e reações”. Esta frase escrita por John Mackey e Raj Sisodia em Capitalismo Consciente, deveria ser um mantra nas empresas. Porém, muitos gestores de negócios ainda não perceberam isto. Basta ver quantas empresas definem metas antes (às vezes sem nenhum) dos planos (metaprojetos) de como estas serão alcançadas. Analisam desempenho sem correlacionar com o que foi ou não realizado, e seus respectivos impactos nos resultados e sentimentos de clientes e equipe.

 

No INCREMENTANDO anterior escrevi sobre experiências e lucro. Pois bem, esta mudança de foco é fundamental para os negócios. Gestores precisam se concentrar em criar ações que efetivamente emocionem os clientes. Resultados virão como consequência.

 

No entanto, isto não significa que os números não são importantes. A questão é utilizá-los da maneira que possam contribuir da melhor maneira na obtenção de resultados.

 

Não adianta definir um desafio de resultados e achar que acontecerão simplesmente ao continuar tocando o dia a dia da mesma forma. Por isto que sempre insisto, números são ferramentas. Metas servem como referência, orientação e apoio. Ajudam a desenvolver a visão de resultados, ao instigarem as pessoas a pensar nos possíveis impactos que ações futuras provocarão no lucro e no caixa. Contribui para selecionar quais experiências devem ser implementadas e/ou ajustadas, e também para avaliar o modo como estas serão executadas. Pois, cada ação da empresa precisa ser “desenhada” para emocionar clientes e colaboradores, assim como também tem que gerar resultados. Não se deve definir ou manter uma ação onde os gastos serão maiores que as receitas que serão geradas – no curto e/ou médio e/ou longo prazo.

 

Indicadores de desempenhos econômicos e financeiros devem ser instrumentos de aprendizado.

Nas reuniões de resultados, além do conjunto de relatórios com os números fundamentais, deveriam ter também um conjunto de registros das ações e experiências realizadas, bem como reações do holograma (clientes, equipe, fornecedores, parceiros etc.) no período. Esses encontros deveriam ter uma dinâmica parecida com aquela brincadeira de achar o par, ou seja, líderes precisam entender que resultado combina com qual reação e qual realização (ou algo que deixou de ser feito). Aprender como estas afetaram o lucro e o caixa, e a partir daí fazer ajustes e/ou mudanças e/ou transformações no negócio.

 

Nesses 22 anos contribuindo com empresas no desenvolvimento da Gestão de Resultados, após conduzir mais de 1.000 reuniões de resultados, constatei que a maior dificuldade está sempre no diagnóstico. Por que? Dois motivos: falta de Visão de Resultados e, paradoxalmente, ao que parece, a atenção totalmente voltada para os números. O primeiro representa a capacidade de associar ações e resultados. Mas, quando se acredita que estes podem ser controlados e ficam todos só em função dos números,  o que de fato faz resultado, realizações, são negligenciadas.




Marcelo Simões Souza


 








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