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Sua empresa está preparada para crescer?

Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:

HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.



Um novo ano está começando e, em todas empresas que tive a oportunidade de acompanhar a preparação para este novo período, a expectativa é de aumento no volume de negócios. Eu penso que, por esta amostragem que tive contato e por tudo que se veiculou na mídia, pode-se dizer que essa é a expectativa das empresas brasileiras para o próximo ano. Porém, a pergunta que faço é: todos aqueles que conduzem o negócio tem consciência sobre o quanto o crescimento demanda de capital? A empresa está preparada? As reservas financeiras são suficientes?

 

A grande questão é que, culturalmente, no momento do debate das metas para um novo ano, na maior parte dos negócios, o foco é o faturamento. Algumas empresas já conseguiram avançar um degrau, e discutem a margem de contribuição. Outras, evoluíram um pouco mais neste sentido, e debatem a lucratividade. Mas, são pouquíssimas as que colocam na pauta, desafios para a liquidez.

 

Toda empresa precisa ter sempre em mente que crescer exige investimentos, no mínimo em clientes e em estoques. Hoje praticamente todos os negócios concedem prazos para que seus clientes paguem por suas compras, ou seja, o dinheiro demora alguns dias para entrar no caixa da empresa. Além disto, principalmente no varejo e na indústria, material e mercadoria ficam um tempo no almoxarifado, no processo produtivo e nas prateleiras, até que a comercialização aconteça. A  consequência desta dinâmica, que é natural em qualquer negócio, é que na maior parte das vezes o pagamento ao fornecedor por uma determinada mercadoria ou matéria-prima acontece antes do recebimento junto ao cliente pela venda do mesmo produto ou matéria-prima processada.

 

Portanto, quando as vendas crescem, aumentam as compras, e o volume de pagamentos também. Então insisto, todas lideranças precisam saber qual será o impacto no caixa, do crescimento de vendas que está sendo planejado. Isto é fundamental para a área financeira “não ser pega de surpresa”, com uma necessidade de captação de empréstimos bancários, só no momento em que o caixa fica negativo. Para facilitar a compreensão e como calcular o aumento da Necessidade de Capital de Giro da sua empresa, imagine a seguinte situação hipotética de uma empresa:

No exemplo, as vendas cresceram 20%. Porém, isto também gerou um aumento nas compras. Como o pagamento acontece 75 dias antes do recebimento – a partir da compra, a saída de recursos acontece em 30 dias, mas como o item fica 60 dias no estoque, ou seja, só é vendido 30 dias depois de ser pago, e leva mais 45 dias para receber, culmina então nos 75 dias para o dinheiro entrar depois do que sai – acaba gerando um consumo de caixa de R$ 200 mil. E na sua empresa?



Marcelo Simões Souza

 





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