Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Este é um assunto pra lá de polêmico e muito mal resolvido nas empresas. Por que será? O meu diagnóstico é que na grande maioria dos casos há o medo de mostrar resultados para a equipe. Uma consequência de outros medos, que por sua vez são gerados por algumas crenças. Mas, será que faz sentido? Não para mim, e tem um motivo muito simples: normalmente as pessoas conhecem os preços de vendas, as quantidades vendidas e sabem fazer contas. Portanto, acabam calculando o faturamento (via de regra, maior do que é), e como não possuem informações sobre gastos, acabam fantasiando um lucro também maior.
Quer mais um motivo? Todo mundo quer que os colaboradores contribuam para aprimorar os resultados. Certo? Para isto, como já escrevi em outros INCREMENTANDOS, é necessário o desenvolvimento da Cultura de Resultados. E como fazer isto sem que as pessoas conheçam números e resultados? Mas, vamos explorar os tais temores.
Há o medo de que o colaborador pedirá aumento, principalmente quando os resultados estão positivos. Esse receio nasce em decorrência de algumas crenças: o dinheiro é o mais importante para as pessoas, então elas vão estar sempre querendo ganhar mais e nossa empresa não pode pagar. Agora, antes de mais nada, é importante avaliar se a empresa está pagando o melhor que ela pode, e lógico, de acordo com as contribuições de cada um. Aliás, fato esse que pode estar relacionado com a aquela última crença que citei de que não conseguimos pagar.
Bem, para lidar com esta última crença é importante analisar a situação com o olhar de resultados. Ou seja, do ponto de vista econômico, não são os gastos que importam, mas sim a diferença entre estes e as receitas que são geradas. Afinal de contas, melhores ingredientes produzem melhores resultados.
Quem ainda acredita que dinheiro é o mais importante na vida, recomendo a leitura das edições anteriores, e também dos livros do Roberto Tranjan. Dentre eles, Metanóia, Devir e o Velho e o Menino.
Dinheiro não é o mais e nem o menos importante. A questão é que precisamos parar de encará-lo como um fim, e passar a considera-lo como o meio para vivermos nossos valores e propósitos.
Outro medo que já ouvi de empresários e líderes é de que o colaborador poderá de alguma forma utilizar a informação contra a empresa. Quando ele sair, pode ser que leve os dados para o concorrente. Esse temor surge da crença de que é impossível contratar pessoas que continuarão fiéis, mesmo que em algum momento decidam buscar outros desafios em outro lugar. Você faria isto? Por que os outros fariam? Além disto, lembram o que já escrevi várias vezes: “...números não explicam, só indicam...”. Será que algum número é capaz de desvendar os “segredos” de uma estratégia? Para não explorar muito o assunto, já que eu acredito em empresa única.
Muito bem, você pode estar pensando, a partir de amanhã vou começar a compartilhar todos os números com toda equipe. Não faça isso. Primeiro é preciso desenvolver a consciência de resultados, e depois definir que indicador de fato contribui para o trabalho de cada equipe.
Marcelo Simões Souza
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