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#2Indicadores e Resultados

Indicadores e Resultados

Nesses 15 anos contribuindo com a busca de melhoria nos resultados junto às empresas foi possível constatar que sua maior dificuldade está em gerenciá-los (os resultados).

Um dos principais motivos, dentre vários, é a falta de compreensão do papel que os indicadores possuem neste processo. Diante disto, inicio neste boletim uma série para tratar do assunto.

No boletim anterior abordei superficialmente a relação das informações na geração dos resultados de uma empresa comparando-as com exames médicos.

A figura esquemática a seguir demonstra com mais detalhes como isto acontece. Na verdade, eu percebo que poucos entendem que resultados são conseqüências daquilo que fazemos.

Estes não são “obra do acaso”, pelo contrário, são construídos pelas ações das pessoas. O conjunto dessas ações é que constroem os resultados de uma empresa.

Esta consciência é o primeiro passo para a empresa compreender o que faz os resultados e não correr o risco de ser administrada pelo mercado.

 

LUCRATIVIDADE

 

TOTAL

INDÚSTRIA

VAREJO

SERVIÇO***

Margem de Contribuição

23,4%

31,0%

18,9%

36,4%

Lucratividade Operacional

3,9%

7,5%

2,4%

2,1%

Lucratividade Líquida

1,6%

6,6%

-0,1%

-3,5%

PE* Operacional

83,4%

75,9%

87,3%

94,1%

PE* Líquido

93,0%

78,8%

100,8%

109,7%

LÍQUIDEZ

NCG**/Faturamento

209,0%

117,6%

249,7%

 

Variação da NCG/Resultado Operacional

158,3%

315,2%

-59,3%

 

Formação de Caixa/Resultado Operacional

-74,1%

-105,1%

-31,0%

 

Ciclo Econômico e Financeiro

60 dias

56 dias

63 dias

 

Prazo de Recebimento de Clientes

40 dias

44 dias

36 dias

 

Prazo de Estoques

64 dias

31 dias

97 dias

 

Prazo de Pagamento de Fornecedores

44 dias

19 dias

70 dias

 

Inadimplência/Total de Contas a Receber

12,6%

12,7%

12,5%

 

*PE – Ponto de Equilíbrio          ** NCG – Necessidade de Capital de Giro           ***Regime de Caixa

 

 
 

Antes da análise gostaria de explicar a origem dos índices acima. Estes índices representam uma média dos resultados de empresas que aceitaram contribuir com esse boletim.

 E se você quiser também pode enriquecer ainda mais essa análise. Para isso, basta enviar as informações da sua empresa para o e-mail marcelo@incrementalconsultoria.com.br. Essas informações serão tratadas com total confidencialidade e no primeiro envio você receberá um diagnóstico dos seus resultados.

Vamos à análise. Nesta edição, a novidade é a inclusão dos resultados das empresas de serviços. Observem que estas possuem a maior margem de contribuição, porque esse tipo de atividade costuma ter sua maior concentração de gastos nas despesas fixas

Já a sua lucratividade operacional é muito semelhante à do varejo. Porém, são as empresas que estão destinando uma parcela maior do faturamento para o pagamento de juros.

Por fim, o motivo de não apresentarem índices de liquidez é que na maior parte dessas empresas a apuração é realizada a regime de caixa.

A margem de contribuição não teve nenhuma significativa alteração em relação ao período anterior, tanto na média, quanto por setor.

Na verdade houve uma pequena redução das margens em ambos os setores, o que demonstra que nada ainda foi feito pelas empresas nesse sentido: aumento de preços, mudança de mix etc.

Por sua vez, O resultado operacional e o líquido reduziram significativamente, 60% e 80% respectivamente.

Três fatores podem ter interferido diretamente nesse desempenho: queda nas vendas, aumento das despesas fixas e dos pagamentos de juros.

Os indicadores de liquidez apontam que a indústria e o varejo tiveram problemas na gestão de caixa, já que o saldo deste reduziu. Ambos devem atuar no principal fator, os prazos.

Pois houve um crescimento do ciclo econômico e financeiro. O varejo deve ter uma preocupação também com os gastos extra-operacionais (investimentos, distribuições etc.).

Porque fruto da queda nas atividades as empresas tiveram uma variação da NCG negativa, o que contribui na formação de caixa.

 

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