Em todas férias, não abro mão de viajar, pois além do descanso mental, do aprendizado cultural, também há sempre grandes aprendizados sobre resultados. Eu faço questão de observar e refletir sobre o que se faz em outros lugares e que gera resultados. Lógico, não existe “mundo perfeito”, o que importa é identificar fatores positivos e inspiração para o incremento da lucratividade.
Bem, neste ano a escolha foi a Croácia, país fundado em 1991, após a dissolução da Iugoslávia. O que mais chama a atenção é o fato de como conseguiram se reconstruir e prosperar 20 anos após uma guerra de tamanha proporção? Hoje o país recebe por volta de 8 milhões de turistas por ano. Para se ter uma idéia, o Brasil em 2014 ano da Copa do Mundo por aqui, foram 6,4 milhões. Detalhe, a Croácia é do tamanho da Paraíba.
Os negócios com os quais tivemos contato – hotéis, restaurantes e varejo em geral – na sua grande maioria, demonstrando prosperidade.
O diagnóstico para estas conquistas está no título deste boletim: propósito, foco, cuidado, atenção, dedicação e preparo.
As pessoas “abraçaram” o propósito de recuperar o país e destituir o clima de pós-guerra. Com relação a isto, foi possível perceber nos sorrisos e em algumas conversas com pessoas que “viveram” a guerra.
Um dos maiores e mais belos litorais da Europa, cidades milenares e alguns patrimônios da Unesco, fizeram com que escolhessem o turismo como um dos focos para contribuir com a recuperação. E, como deve ser feito quando se escolhe um foco, houve (e ainda está havendo)
todo um preparo para isto: placas de trânsito em inglês, principalmente nas estradas. Apesar de pertencerem à comunidade europeia, ainda não adotaram o euro como moeda oficial, mas em quase todos os lugares turísticos, inclusive nos pedágios das estradas, o euro é aceito.
Agora, o ponto principal: o povo. Além de terem se preparado tecnicamente, pois em nenhum lugar tivemos problemas com a língua, quase todas pessoas falam inglês: do gerente à pessoa que carrega malas. Não sei se é vocação ou preparo, mas em nenhum outro lugar que já estive (e olha que já viajei bastante), me senti tão cuidado, recebi tanta atenção e percebi tamanha dedicação ao cliente como lá. Todos os detalhes são cuidadosamente arrumados para que o cliente tenha a melhor experiência da sua vida.
E, é possível perceber as pessoas com tal objetivo.
Porém, algo importantíssimo de ser ressaltado: eles aprenderam que tudo isto tem valor e precisa ser cobrado de acordo. Entenderam que entregar excelência tem um custo, e este deve ser financiado através do preço.
Mas você pode estar se perguntando: o que tudo isto tem a ver com a minha empresa? Eu acredito que tudo. Na minha opinião esta é uma grande fórmula para superar uma crise, um obstáculo, um momento ruim da empresa, e conquistar resultados: um propósito que mexa com os colaboradores, um foco com região de lucro e condizente com as capacidades da empresa, preparo da equipe, e fundamentalmente, atenção, cuidado e dedicação ao cliente. Resultados na certa.
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| *Há três indicadores cujo denominador é o lucro operacional. Portanto, toda vez que este for negativo, não faz sentido calcular tais índices da maneira que fazemos e com o propósito que temos neste boletim. Então, no gráfico esses aparecerão iguais a zero. Isto porque o objetivo é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Resultados econômicos muito peculiares nesse mês de agosto: o melhor mês para Indústria e Varejo, e o pior para Serviços.
Este último segmento inclusive apresentou margem de contribuição negativa. Além de bons lucros, outra boa notícia do mês foi a formação de caixa a partir da operação:
Além de bons lucros, outra boa notícia do mês foi a formação de caixa a partir da operação: Indústria e Varejo receberam de clientes mais do que pagaram de gastos operacionais. Porém, a inadimplência do Varejo que tinha reduzido em julho, voltou a subir, sendo a maior do ano.
