Incrementando

#93Diagnóstico da Gestão de Resultados – Dimensão Informações.

Diagnóstico da Gestão de Resultados – Dimensão Informações.

Em continuação ao que começou no boletim número 90, esta edição será dedicada a uma parte da segunda Dimensão dos Resultados: Informações. Esta considera o conjunto de indicadores de lucro e caixa que existem na empresa para tomada de decisões.

Diante disto, a pergunta: há no seu negócio índices que permitem entender as consequências das ações no lucro e no caixa, bem como os prováveis efeitos neles dos metaprojetos (planos) que serão realizados? Conforme já foi dito, quanto mais a tabulação no diagrama estiver próxima do 03 (três), mais significa que a resposta é não, e consequentemente que esta dimensão precisará ser desenvolvida.

Vale sempre lembrar que a informação é a matéria-prima do conhecimento, e que só faz sentido que um indicador exista se as pessoas conseguirem aprender com ele. E, como estamos falando de resultados econômicos e financeiros, os números devem ser ferramentas de aprendizado sobre o que e como cada ação da empresa tem interferência no lucro, no caixa e índices correlacionados.

Em função disto, um painel de controles precisa ser simples, isto é, ele deve gerar a menor burocracia possível e ser de fácil compreensão e operacionalização por todos os envolvidos.

Porém, não pode ser simplista, deve permitir uma visão integrada do negócio a que se propõe informar, mostrando suas diversas faces e suas interfaces com o ambiente interno e externo da empresa. E, até como já foi mencionado no fim do INCREMENTANDO anterior, para que as decisões sejam tomadas com qualidade, as informações constantes nos relatórios

elaborados devem ser confiáveis e elaboradas em tempo hábil. Um adequado painel de indicadores deve possuir mecanismos próprios de autocontrole e auditoria para detectar onde podem estar ocorrendo incoerências e permitir sua correção.

A nossa recomendação é além de conciliar caixa e bancos, é também conciliar todos os outros dados. Para isto pode-se utilizar um mecanismo simples, mas eficaz: Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final

O contas a receber do primeiro dia do mês mais o faturamento do mês, menos os recebimentos do mês, precisa ser igual ao saldo do contas a receber do último dia do mês. O mesmo para estoques, compras e C.M.V. (custo da mercadoria vendida); e também para fornecedores (e despesas) a pagar, compras e pagamentos.

Esses recebimentos e pagamentos por sua vez, devem ser obtidos pelo sistema e estarem todos conciliados com extratos bancários. E quais são os números fundamentais que devem constar em qualquer conjunto de indicadores de resultados? Eu sempre digo que não ter informação é tão ruim quanto ter mais do que o necessário.

As empresas não precisam conhecer muito mais do que: lucro, margem de contribuição, ponto de equilíbrio, necessidade de capital de giro (NCG), variação da NCG, prazos médios (recebimentos, giro de estoques e pagamento de fornecedores), geração operacional e líquida de caixa, e tamanho ótimo. No INCREMENTANDO 94 vou discorrer um pouco sobre eles.

 

Índices de junho a agosto de 2016
 
Lucratividade
Total Industria
Varejo Serviço

Liquidez

Total Indústria Varejo

 *Quando se obtém prejuízo, não são calculados indicadores onde o denominador é o resultado operacional. Isto porque o objetivo destes é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa. 

Os números indicam que todos os segmentos encontraram o caminho da lucratividade, pois nenhum obteve prejuízo em 2016. Agora o ponto de atenção é o crescimento da inadimplência no Varejo.