Nesses 22 anos de consultoria nunca conheci uma empresa que não desejasse gerar resultados econômicos e financeiros.
Algumas delas com a compreensão que esta é a fonte de financiamento para desenvolver as demais dimensões do negócio (filosófica, potencial e causal), e outras pelo simples desejo de acumular riqueza na dimensão econômica. Independente do motivo, as empresas estão sempre em busca de lucro e caixa.
No entanto, são poucas empresas que fazem uma Gestão de Resultados. E não estou falando de cuidar de faturamento, gastos, estoques, inadimplência etc.
Nem mesmo das ações relacionadas à fidelização dos clientes e comprometimento dos colaboradores.
Tudo isto é essencial sim. Porém, me refiro a algo mais básico, a criação de uma infraestrutura no negócio que proporcione um ambiente onde o que foi citado acima aconteça constantemente e sempre contribua na geração de resultados econômicos e financeiros.
Gestores que desejam aumentar a probabilidade de gerar riqueza na dimensão econômica precisam criar condições para:
Equipe aprender com resultados gerados;
Decisões serem tomadas baseadas em informações confiáveis, reveladoras, impulsionadoras e estimuladoras;
Colaboradores desenvolverem uma consciência sobre resultados, ou seja, conseguirem entender as necessidades de lucro e caixa para um negócio, bem como a parcela de contribuição de cada um na geração (ou não) deles (os resultados);
Que em toda decisão tomada, além de analisar as consequências nas percepções de clientes e colaboradores, as pessoas também avaliem impactos nos resultados;
E, o mais importante, que lidar com as finanças não acione os mecanismos de defesa da equipe, no lugar disto se transforme em uma experiência para eles, e quem sabe também para o holograma (stakeholders) da empresa;
Agora, o que é necessário para desenvolver uma Gestão de Resultados?
No sistema técnico, possuir um conjunto de metodologias inter-relacionadas, que permitam tomar decisões nos Momentos de Resultados – termo que criei (Incrementando 13) para identificar quatro momentos onde decisões tem os maiores impactos na lucratividade e na liquidez.
São as ocasiões onde equipes se reúnem para formar preços de vendas, elaborar o plano comercial, plano financeiro e analisar os indicadores dos resultados econômicos e financeiros do mês.
Os índices dessas ferramentas devem contribuir com o ciclo virtuoso: analisar, entender, aprender e decidir. Tais números devem gerar significado para os que decidem
No sistema humano, desenvolver o que chamamos de Consciência de Resultados. Por incrível que possa parecer, poucos sabem o que são e para que servem resultados.
Portanto, é fundamental criar momentos para esclarecer e conversar sobre este assunto.
Por fim, transformar reuniões de planejamento e avaliação de resultados em momentos de aprendizados, experiências de resultados
Índices de janeiro a março de 2016 | |
Lucratividade | |
Total | Industria |
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Varejo | Serviço |
Liquidez
Total | Indústria | Varejo |
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*Há três indicadores cujo denominador é o lucro operacional. Portanto, toda vez que este for negativo, não faz sentido calcular tais índices da maneira que fazemos e com o propósito que temos neste boletim. Então, no gráfico esses aparecerão iguais a zero. Isto porque o objetivo é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa.
Parece que finalmente Indústria e Varejo estão deixando de lado o zumbido da situação do país e se concentrando gerar experiências para clientes, e como consequência gerando lucro. Outra O Varejo também conseguiu gerenciar melhor os estoques, o que amenizou o crescimento da inadimplência.
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