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#86Resultados não podem ser controlados. Só é possível dominar as realizações.

Resultados não podem ser controlados. Só é possível dominar as realizações.

“Nós nunca controlamos totalmente os resultados em nossa vida…tudo que podemos fazer é aprender a controlar nossas ações e reações”. Esta frase escrita por John Mackey e Raj Sisodia em Capitalismo Consciente, deveria ser um mantra nas empresas. Porém, muitos gestores de negócios ainda não perceberam isto.

Basta ver quantas empresas definem metas antes (às vezes sem nenhum) dos planos (metaprojetos) de como estas serão alcançadas. Analisam desempenho sem correlacionar com o que foi ou não realizado, e seus respectivos impactos nos resultados e sentimentos de clientes e equipe.

No entanto, isto não significa que os números não são importantes. A questão é utilizá-los da maneira que possam contribuir da melhor maneira na obtenção de resultados.

Não adianta definir um desafio de resultados e achar que acontecerão simplesmente ao continuar tocando o dia a dia da mesma forma.

Por isto que sempre insisto, números são ferramentas. Metas servem como referência, orientação e apoio. Ajudam a desenvolver a visão de resultados, ao instigarem as pessoas a pensar nos possíveis impactos que ações futuras provocarão no lucro e no caixa.

Contribui para selecionar quais experiências devem ser implementadas e/ou ajustadas, e também para avaliar o modo como estas serão executadas. Pois, cada ação da empresa precisa ser “desenhada” para emocionar clientes e colaboradores, assim como também tem que gerar resultados.

Não se deve definir ou manter uma ação onde os gastos serão maiores que as receitas que serão geradas – no curto e/ou médio e/ou longo prazo.

Nesses 22 anos contribuindo com empresas no desenvolvimento da Gestão de Resultados, após conduzir mais de 1.000 reuniões de resultados, constatei que a maior dificuldade está sempre no diagnóstico.

Por que? Dois motivos: falta de Visão de Resultados e, paradoxalmente, ao que parece, a atenção totalmente voltada para os números.

O primeiro representa a capacidade de associar ações e resultados. Mas, quando se acredita que estes podem ser controlados e ficam todos só em função dos números, o que de fato faz resultado, realizações, são negligenciadas.

 

Índices de novembro/15 a janeiro/16
 
Lucratividade
Total Industria
Varejo Serviço
Liquidez
Total Indústria Varejo
 
*Há três indicadores cujo denominador é o lucro operacional. Portanto, toda vez que este for negativo, não faz sentido calcular tais índices da maneira que fazemos e com o propósito que temos neste boletim. Então, no gráfico esses aparecerão iguais a zero. Isto porque o objetivo é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa.
 

Ninguém conseguiu formar caixa em janeiro. Aliás, este indicador vem piorando desde novembro. Isto agora tem uma importância ainda maior, já que juros cresceram e créditos estão mais escasso.