Incrementando

#90Diagnóstico da Gestão de Resultados

Diagnóstico da Gestão de Resultados

Em várias edições do INCREMENTANDO escrevi que toda empresa que quiser aumentar e/ou manter seus ganhos econômicos (lucro) e financeiros (caixa), precisa possuir uma Gestão de Resultados. E, também tenho insistido que para que esta seja eficaz é necessário gerenciar suas quatro dimensões: Dados, Informação, Visão de Resultados e Consciência de Resultados.

Diante disto, neste boletim, vou apresentar um modelo para que toda empresa possa elaborar um diagnóstico de como se encontra atualmente sua Gestão de Resultados, e quais são as dimensões que requerem mais ou menos aprimoramento.

Para cada uma delas atribua um valor entre 0 (quando discordar totalmente de que o que está escrito ocorra na empresa), e 10 (se concordar totalmente).

E, os demais valores, 1 por exemplo, para quando discordar muito e assim por diante.

São doze afirmações, organizadas a seguir conforme as quatro dimensões citadas acima.

1. É possível, de maneira rápida e fácil, obter no mínimo mensalmente os dados a seguir: faturamento, impostos sobre vendas, comissões, custo da mercadoria vendida e do serviço prestado, salários e encargos, compras, recebimentos e pagamentos.

2. E, da mesma forma, os saldos de caixa e bancos (em um controle interno, e não nos extratos bancários), contas a receber, fornecedores a pagar e estoques.

3. Todos os dados são confiáveis, porque são conciliados periodicamente.

4. Existe um processo de “fechamento” gerencial mensal, onde dados são organizados em modelos e transformados em indicadores de resultados.

5. Este modelo contempla os seguintes indicadores de lucratividade: margem de contribuição por unidade gerencial (clientes, produtos, serviços, lojas, fábrica etc.), ponto de equilíbrio e lucro – operacional e liquido.

6. E os indicadores de liquidez: N.C.G. (Necessidade de Capital de Giro), variação da N.C.G., prazos médios de recebimentos, pagamentos e giro de estoque, além de resultado operacional e liquido de caixa.

7. Há uma reunião mensal para analisar esses indicadores de resultados.

8. Aqueles que participam desses encontros conseguem correlacionar as realizações do período com os resultados dos indicadores.

9. Nessas reuniões de resultados sempre são definidas “lições de casa” e tomadas decisões a partir dessas correlações.

10. Líderes e colaboradores sabem que o lucro tem como finalidade: financiar investimentos, formar capital de giro para suprir a N.C.G., formar reservas e gerar retorno para os investidores.

11. É claro para todos que número não explica, só indica, e o papel dele é: gerar aprendizado, estimular, inspirar e orientar.

12. É compreendido por todos que resultados financeiros são consequências das experiências que são geradas para colaboradores e clientes.

Este Diagnóstico tende a ser mais preciso se for realizado em equipe – tomadores de decisões e “financeiros” – e com eles chegar a um consenso. No próximo INCREMENTANDO continuarei discorrendo sobre o assunto.

 

Índices de março a maio de 2016
 
Lucratividade
Total Industria
Varejo Serviço
Liquidez
Total Indústria Varejo
 
*Há três indicadores cujo denominador é o lucro operacional. Portanto, toda vez que este for negativo, não faz sentido calcular tais índices da maneira que fazemos e com o propósito que temos neste boletim. Então, no gráfico esses aparecerão iguais a zero. Isto porque o objetivo é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa.
 

Indústria teve quase todos os indicadores com resultados piores em maio. Enquanto aconteceu exatamente o contrário com Serviços e Varejo. Estoques e inadimplência merecem mais atenção.