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#94Diagnóstico da Gestão de Resultados – Dimensão Informações – Números Fundamentais I

Diagnóstico da Gestão de Resultados – Dimensão Informações – Números Fundamentais I

Encerrei o último INCREMENTANDO fazendo uma recomendação de quais são os Números Fundamentais que toda empresa deve possuir para uma eficaz Gestão de Resultados. Agora vou começar a escrever um pouco sobre cada um deles – quem quiser ir mais a fundo, há várias edições anteriores com conteúdos a respeito desses indicadores. Portanto, será um texto mais técnico, mas prometo utilizar a linguagem mais acessível que for possível.

Lucro, ou Resultado como preferimos denomina-lo, é um indicador que tem como objetivo demonstrar o desempenho econômico da gestão de um negócio. Ele mostra se os esforços (em finanças isto é chamado de gastos) estão conseguindo trazer uma recompensa adequada (em finanças, faturamento). Então é obtido com o cálculo:

Faturamento – Custos – Despesas = Resultado

Faturamento é a soma dos valores referentes a tudo aquilo que foi entregue (produtos e serviços) para os clientes no período. Por Custos nós entendemos que são todos os gastos que compõem os produtos e serviços, que são possíveis de serem identificados a cada venda ou entrega, e que tendem sempre a variar proporcionalmente ao faturamento.

Normalmente são: impostos, comissões de vendas, taxas das operadoras de cartões (crédito e débito), fretes de vendas, insumos utilizados na prestação de serviços e c.m.v. (custo da mercadoria vendida).

E, Despesas são os gastos relacionados à infraestrutura de apoio. Via de regra, são dispêndios que não se alteram na mesma proporção que o faturamento, por isso costuma ser chamada de

despesas fixas. Bem, uma questão que é muito importante em função do que se pretende com o lucro é: comparar os esforços com as respectivas recompensas, ou seja, os gastos com os faturamentos que esses geraram. Para isto então recorremos a um conceito contábil, o Regime de Competência, em outras palavras, deve-se apurar o faturamento quando produtos e/ou serviços são entregues (normalmente na emissão da nota fiscal), os custos utilizados e as despesas geradas no mesmo período.

Para finalizar, nossa recomendação é que juros recebidos e pagos sejam apurados em contas separadas, para conhecer o desempenho da operação independente dos ganhos e perdas frutos da gestão dos recursos. Portanto:

Resultado Operacional + Juros Recebidos – Juros Pagos = Resultado Líquido

É a partir dos elementos que compõem o calculo do lucro que se calcula outros dois números fundamentais: Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio.

Faturamento – Custos = Margem Contribuição

Este indicador só é possível ser apurado quando a empresa adota o critério de custeio direto, ou seja, não são rateados aqueles gastos que não são possíveis de serem associados diretamente com uma unidade gerencial (produto, cliente, serviços etc.). Isto porque além de ser impossível encontrar um critério justo para fazer as alocações, acaba também atrapalhando a tomada de decisão. Até porque vamos pensar, se a gente tomar a decisão de eliminar um produto por exemplo, o aluguel do escritório irá reduzir?

 

Índices de julho a setembro de 2016
 
Lucratividade
Total Industria
Varejo Serviço
Liquidez
Total Indústria Varejo
 
*Quando se obtém prejuízo, não são calculados indicadores onde o denominador é o resultado operacional. Isto porque o objetivo destes é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa.
 

A lucratividade continua positiva, mas um pouco menor. As operações formaram caixa, entretanto os saldos diminuíram. E, a inadimplência reduziu no Varejo e voltou a subir na Indústria.