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O que é necessário para cuidar BEM do CAIXA da sua empresa.

Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:

HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.


Tem uma frase que já ouvi de tantos empresários, que já nem sei mais para quem dar o crédito. Porém, o relevante é que ela tem muito fundamento: “...faturamento é vaidade, lucro é uma promessa, mas o que importa mesmo é dinheiro no caixa...”. Em outras palavras, não adianta faturar sem gerar um volume de margem de contribuição maior que os gastos com a infraestrutura de apoio, popularmente conhecidos como despesas fixas. É fundamental para uma empresa vender mais do que gasta e gerar lucro. No entanto, ele (o lucro) não pode ficar nas mãos dos clientes e nem investido em materiais, mercadorias e insumos (estoques), é essencial que se transforme em caixa. Para isto é necessário que ele seja superior à variação da necessidade de capital giro, a qual é influenciada pelos prazos de pagamento concedidos aos clientes, pelo tempo em que os itens permanecem nos estoques, e os prazos obtidos junto aos fornecedores. Enfim, todas as empresas têm a obrigação de gerar caixa. E, principalmente as médias e pequenas, que normalmente enfrentam muitas dificuldades para obterem empréstimos com baixas taxas de juros. Alguns chegam ao extremo de ter que utilizar o famigerado “cheque especial”, que costuma superar 100% anuais.

A gestão de caixa tem duas dimensões, a estratégica-tática e a tática-operacional. A primeira é aquela onde os olhares e as decisões estão envolvidos com as ações relacionadas à equação:

 



As definições estratégicas e táticas normalmente são uma responsabilidade das principais lideranças e costumam acontecer nas reuniões mensais de resultados. A partir dos aprendizados com os Números Fundamentais do mês anterior, gestores e líderes decidem sobre as estratégias de vendas, preços; continuidade (ou descontinuidade), de clientes, produtos e serviços; otimização da estrutura de apoio (despesas); ou seja, definições com o objetivo de cultivar o bom lucro e/ou incrementar quando ele não estiver do tamanho adequado. Este tamanho que por sua vez, está diretamente ligado às estratégias de prazos, concedidos aos clientes, obtidos junto aos fornecedores e também os volumes em estoques dos materiais, mercadorias e insumos. Até aqui estamos discorrendo sobre a formação de caixa da operação. Porém, há uma demanda de recursos que não são operacionais, mas fazem parte do negócio, o que na equação acima está resumido em Outras Saídas: amortização de dívidas (financeiras, tributárias e trabalhistas), investimentos e distribuições. E, quando não é possível adequar o tamanho do lucro a tudo isso, então cabe a essa principal liderança definir se ajustam as demandas acima, ou se buscam recursos fora (instituições financeiras, aporte dos sócios, investidores etc.), que são as Outras Entradas na equação.

 

Tudo que está escrito no parágrafo anterior é essencial para cuidar BEM do CAIXA, mas não é suficiente. Porque não garante se no dia 05, por exemplo, terão recursos suficientes para pagar a folha de pagamento. Isto em função de que, como já citei, são definições estratégicas e táticas. Aqui entra em cena as responsabilidades da equipe financeira, que precisa ter um BDT (Boletim Diário de Caixa)

e um fluxo de caixa. A primeira, uma ferramenta que permite visualizar o que está sendo recebido, o que está sendo pago, identificar as contas e respectivos responsáveis, e também comparar com o que foi orçado para poder alertar os “donos das contas”. Já o fluxo, é o instrumento de gestão que projeta exatamente as datas dos recebimentos e dos pagamentos, dando assim a visão diária do saldo do caixa. Enquanto na dimensão estratégica os saldos são estimados mensalmente e via de regra para um ano, no fluxo de caixa são projeções diárias, e normalmente para no máximo três meses, sendo o mais comum, mensal. Na dimensão operacional do caixa, as decisões são de estipular as melhores datas para pagar e receber, e não os prazos. Negociar postergações com fornecedores e antecipações com clientes, e não o que vende e o que gasta. Escolher, de forma antecipada, as melhores aplicações quando for sobrar dinheiro em caixa, e a melhor opção para captar, quando for faltar.

 

É fundamental ter essas duas visões e gestões para cuidar BEM do CAIXA do seu negócio.



Marcelo Simões Souza


 



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