Incrementando

#75Rezar é importante, mas sem ação não há incremento de resultados

Rezar é importante, mas sem ação não há incremento de resultados

Não adianta ter indicadores e nada fazer com eles. Não adianta fazer reuniões e sair delas sem nenhuma ação diferente. Não adianta buscar conhecimentos e não utilizá-los. Não adianta pedir opinião da equipe e não aproveitar nada.

Por mais que pareça óbvio e por mais que eu já tenha escrito: resultados diferentes requerem ações diferentes. Há uma piada que diz mais ou menos o seguinte: havia um sujeito que sempre pedia para Deus que o ajudasse a ganhar na loteria, e após algum tempo Deus mandou um recado, eu te ajudo, mas você precisa pelo menos jogar.

Eu tenho plena convicção que ajudas externas contribuem, mas não resolvem. Os únicos que podem trazer resultados para o negócio são as próprias pessoas que fazem parte da liderança e equipe.

Estes dias estive em um cliente que perguntou como estavam os resultados das empresas que temos contato.

O curioso é que parece que ele não gostou muito do que respondi: vários clientes da INCREMENTAL obtiveram recordes de faturamento nesses primeiros meses do ano, apesar da tal “crise” que tanto tem se falado. Portanto, vou repetir o que já disse em outro boletim, os resultados da sua empresa dependem em primeiro lugar do principal líder, e em segundo lugar, da principal liderança.

São estas pessoas que “decidem jogar ou não”; decidem o que fazer e como vão lidar com a situação atual; fazem alguma coisa a partir do conhecimento que adquirem através dos números. Deus libera os caminhos, ilumina, apoia, assenta o solo etc., mas quem pilota, é cada um de nós.

Com todos esses exemplos estou querendo enfatizar, mais uma vez, que os resultados da sua empresa dependem das suas ações e da sua equipe.

Já que, como eu disse outro dia em uma reunião de resultados de um cliente, se não for capaz, dentre outras coisas, de gerar lucro e caixa, então é melhor pensar em arranjar outra coisa para fazer. Que tal “vender coco na praia”?

Portanto, faça das reuniões de resultados da sua empresa, um grande momento de aprendizado. Deve ser sempre discutido se a equipe está entendendo e atendendo as súplicas dos clientes.

E, quando fazem, se estão fazendo o cliente reconhecer a diferença que estão fazendo na vida dele.

Outra pergunta que deve ser feita diariamente: todos sabem que cada real gasto na empresa tem a finalidade de mudar a vida de colaboradores, e consequentemente, dos clientes?

Essas perguntas são FUNDAMENTAIS para entender os resultados do seu negócio. E é isto que deve ser a principal discussão nos encontros de resultados. A partir dessas perguntas deve surgir diagnóstico e prognóstico.

O que será feito? Uma reunião sem respostas para tais questões, é uma grande perda de tempo. Resultados só acontecem se colaboradores comprometidos com a “causa” forem capazes de identificar, atender (e mostrar para eles que atendem) as súplicas de clientes.

Quem estiver lendo este texto pode até estar dizendo que estou sendo repetitivo, mas é incrível como ainda encontro empresas, e lógico empresários e líderes, que pensam que alguém (mercado, governo, Deus, sei lá) fará algo por eles. Isto não existe! Cada um de nós é responsável pelas consequências daquilo que fazemos.

Seu negócio não está gerando lucro e caixa? São as ações que estão, ou não, fazendo que provocam isto. Então, avalie, aprenda, e o mais importante, aja!

 

 

 

Índices e Diagnóstico de Fevereiro de 2015

LUCRATIVIDADE

 

TOTAL

INDÚSTRIA

VAREJO

SERVIÇO***

Margem de Contribuição

38,6%

41,5%

28,4%

56.7%

Lucratividade Operacional

2,8%

3,7%

-1,1%

11,6%

Lucratividade Líquida

1,2%

1,9%

-3,2%

11,7%

PE* Operacional

92,6%

91,2%

103,9%

79,6%

PE* Líquido

97,0%

95,4%

111,2%

79,4%

LÍQUIDEZ

NCG**/Recompensa (Faturamento)

1,63

0,85

3,50

 

Variação da NCG/Lucro Operacional

2,25

2,73

****

 

Formação de Caixa Operacional/Lucro Operacional

-1,25

-1,73

****

 

Formação de Caixa Total/Lucro Operacional

9,17

6,02

****

 

Ciclo Econômico e Financeiro (em dias)

144

110

177

 

Prazo de Recebimento de Clientes (em dias)

46

50

42

 

Prazo de Estoques (em dias)

147

112

183

 

Prazo de Pagamento de Fornecedores (em dias)

50

51

48

 

Inadimplência/Total de Contas a Receber

18,8%

21,6%

15,9%

 

*PE – Ponto de Equilíbrio          ** NCG – Necessidade de Capital de Giro           ***Regime de Caixa       ****Em função do lucro operacional ter sido negativo, não faz sentido calcular estes índices da maneira que fazemos e com o propósito que temos neste boletim. Isto porque o objetivo desses indicadores é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (diferença entre formação de caixa total e de caixa operacional) e/ou fica acumulado no caixa.

 

Será que os negócios estão “acordando”? Pois, o lucro de fevereiro foi maior que o de janeiro para todos o segmentos: lucratividade operacional geral foi de -4,7% para 2,8%. Mesmo, o Varejo ainda apresentando prejuízo (-1,1%), este foi menor do que em janeiro (-10,6%).

Em todos os negócios pode-se dizer que o aumento das margens teve uma grande contribuição. Já que, na Indústria o aumento dos resultados deste índice foi de 5,5 pontos percentuais (36% para 41,5%), no Varejo, 6 pontos (22,4% para 28,4%) e Serviços, 8,6 (47,1% para 56,7%).

Repasse de preços, mudança de portfólio ou redução dos custos de compra? Essas são as perguntas que iniciam a reflexão sobre o assunto.

E o importante é encontrar os fatores que podem continuar sendo trabalhados e/ou aprimorados de tal forma que se garanta a continuidade na melhoria desses resultados.

Apesar do lucro ter crescido e se tornado positivo na Indústria (3,7% na operação), foi insuficiente para financiar o crescimento da N.C.G.

Conforme pode ser observado no indicador Variação da NCG/Lucro Operacional, esta aumentou R$ 2,73 reais para cada R$ 1,00 de lucro. Isto significa que as empresas investiram mais em estoques e/ou deixaram mais dinheiro nas mãos dos clientes e/ou reduziram suas contas com fornecedores, impostos, remunerações e encargos.

Na prática isto significa que houve um valor maior de pagamentos do que recebimentos operacionais, o equivalente a R$ 1,73 para cada R$ 1,00 de lucro, conforme o indicador Formação de Caixa Operacional/Lucro Operacional.

O que fazer para reverter isto? Três opções: aumentar o lucro, reduzir a N.C.G. ou ainda uma combinação dos dois. Neste ponto então o debate tem que ser sobre os 50 dias que as empresas industriais estão concedendo aos clientes para pagar. Por que este prazo? Pode ser reduzido? Um, dois, três dias, etc.?

 

E, a respeito dos 51 dias para pagar fornecedores de materiais. O que pode ser feito para aumenta-lo? Agora, na minha opinião o mais importante é encontrar meios para reduzir os 112 dias em que os materiais e produtos estão ficando “parados” nos estoques.