
Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Eu tenho presenciado uma preocupante inquietação entre empresários, gestores e líderes diante das incertezas que permeiam o cenário empresarial, tanto nacional quanto global. Na última edição do INCREMENTANDO escrevi sobre o quanto esse medo, que tende a provocar uma “hibernação financeira”, pode ser prejudicial para o lucro e o caixa dos nossos negócios. Diante desse desafio, surge a indagação: o que temos que fazer em um momento tão complexo, onde investir se torna uma verdadeira proeza?
Eu tenho reiterado a importância de que pessoas que conduzem empresas estejam cientes das diversas ferramentas disponíveis para facilitar e aprimorar a gestão, e uma delas que contribui significativamente com essa questão, é a análise de viabilidade. Essa prática é essencial, pois temos que ter a disciplina de não permitir que nenhum investimento seja realizado sem uma meticulosa análise dos números envolvidos. É preciso saber quanto será investido, os retornos, e quando, pois, um descompasso entre entradas e saídas de recursos pode até inviabilizar o projeto. Em outras palavras, um investimento pode gerar um bom incremento de faturamento e/ou uma considerável redução de despesas, mas se os pagamentos ocorrerem muito antes dos recebimentos pode comprometer o investimento. Pois, se a empresa precisar captar recursos para honrar com esses desembolsos, e isto custar muito caro, os juros pode acabar corroendo todo o aumento de receita.
Portanto, a análise de viabilidade se mostra como uma ferramenta indispensável para garantir uma gestão financeira sólida com maiores chances de geração de lucro e caixa. Outra ferramenta de gestão essencial para a obtenção de lucro e caixa, é a do planejamento, um instrumento poderoso, embora algumas pessoas relutem em utilizar.
Isso ocorre porque muitos acreditam que como não conseguimos controlar o futuro ou prever todos os acontecimentos, então planejar é uma perda de tempo. Mas, planejamento não é acertamento. Nós não temos domínio sobre os fatores externos, como a economia, a política etc., mas somos capazes de decidir como vamos reagir às situações. Por isso que objetivo principal do planejamento é nos prepararmos para o que acreditamos que provavelmente acontecerá. É exatamente por isso que eu recomendo que, esse trabalho sempre se inicie pela construção dos cenários, ou seja, definindo o que acreditamos que é mais provável ocorrer naqueles fatores que afetam nossos negócios. E, mais uma vez, também não temos como ter certeza, mas o melhor cenário é aquele baseado no maior número possível de informações, e que deixem os líderes convictos. E quanto aos números e as famosas metas? Eles têm o papel de direcionar, orientar, fornecer um norte e servir como desafio. Como digo sempre, toda empresa precisa formar lucro e caixa, então os números futuros nos ajudam a verificar se os caminhos decididos no planejamento vão nos conduzir para a prosperidade.
Implantar uma Cultura de Resultados é essencial para aumentar lucro e caixa de uma empresa. Porém, essa cultura requer a disciplina de sempre utilizar ferramentas de gestão como as descritas acimas em todas as decisões que afetam diretamente os resultados econômicos e financeiros. Disciplina para manter os rituais de análise dos Números Fundamentais, que é o conjunto de indicadores essenciais de lucro e caixa, assim como as reuniões de planejamento de ações e perspectivas de resultados futuros, e também os encontros destinados à análise dos indicadores específicos de cada área da empresa. Portanto, a disciplina de utilizar as ferramentas e manter os rituais para utilizá-las, cultiva a Cultura de Resultados, que impulsiona o incremento do lucro e do caixa das nossas empresas.
Marcelo Simões Souza
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