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Indicadores de resultado fundamental.

Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:

HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.



Discorremos em outra oportunidade, a necessidade dos indicadores retratarem toda a realidade da empresa. Pois bem, para que os gestores consigam visualizar sua empresa sob o aspecto econômico e financeiro, é essencial que essa possua indicadores de lucratividade e de liquidez.

 

Lucro é mensurado através da conta: receitas menos custos, menos despesas. Porém, tenho percebido que poucos compreendem que isto é somente a conta que apurara este índice. O importante é avaliar o conjunto de ações e suas conseqüências que estão sendo demonstrados pelo indicador. Durante um mês, os talentos da empresa realizam uma série de ações que consomem esforços (custos e despesas) e geram benefícios (receitas). O lucro tem como finalidade demonstrar exatamente isto, se os benefícios (faturamento) recompensam adequadamente os esforços.

 

Avaliar indicadores de lucratividade, portanto, implica em analisar como a empresa está se relacionando com o mercado e como está gerindo os recursos e talentos que estão entendendo e atendendo esses clientes. Eu criei a minha definição para lucro:

“são os resultados proporcionados aos clientes gerados pelos resultados dos colaboradores, menos os investimentos aplicados na satisfação do cliente e do colaborador”.

 

No entanto, o faturamento do período, que faz parte da apuração do lucro, normalmente na sua grande maioria não é recebido à vista e o mesmo acontece com os gastos que também não são pagos à vista. Portanto, existe outro ângulo para analisar os resultados: o da formação de caixa. O que acontece é que ao comprarmos a matéria-prima que será utilizada na produção do produto final (ou a mercadoria para revenda ou um insumo utilizado diretamente na prestação de um serviço); essa passa um tempo “parada” no estoque até ser faturada para o cliente; o qual pagará após um determinado prazo. Supondo que em estoques fique por sessenta dias e o cliente demore quarenta dias para pagar, isto significa que o dinheiro só entrará no caixa cem dias depois que o material chegou à empresa. Mas, se considerarmos que os fornecedores concedem um prazo de cinquenta dias para serem pagos, então a empresa precisa efetuar um desembolso cinqüenta dias antes de o dinheiro entrar no caixa. A este descompasso, que faz parte da operação das empresas, dá-se o nome de Necessidade de Capital de Giro (NCG). Esta representa o volume de recursos que a empresa precisa dispor para sua operação “girar” normalmente. A gestão do caixa é totalmente influenciada pelo impacto que as ações causam nos prazos de recebimento de clientes, de tempo nos estoques e de pagamento de fornecedores. Diante disto é fundamental que a empresa possua indicadores que possibilite avaliar decisões que envolvem estes fatores.



Marcelo Simões Souza

 



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