Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Administrar um negócio é uma constante sequência de decisões. Desafios e oportunidades surgem a todo momento, e precisamos sempre fazer escolhas, já que normalmente não há como “dar conta” de tudo. Será que há algo que pode nos ajudar com tudo isso? Tem sim, os indicadores, ou melhor, os aprendizados a partir deles. Quando somos capazes de aprender com os números, desenvolvemos visibilidade financeira, que é a capacidade de enxergar as correlações entre as ações e os resultados. Com isso, temos mais tranquilidade para tomar decisões que incrementem o lucro e o caixa da empresa.
Na verdade, os números são essenciais em todos os âmbitos da nossa vida. Necessitamos deles para cuidar da nossa saúde, dirigir veículos, acompanhar a meteorologia, preparar uma receita na cozinha etc. E lógico, conduzir um negócio de maneira eficaz. Porém, é preciso tomar o cuidado para que os indicadores não se limitem apenas a um emaranhado de números que ninguém sabe o que fazer, eles devem contribuir no desenvolvimento de uma compreensão profunda do seu negócio.
Mas, para isso, eu reforço e insisto, é vital saber interpretá-los e transformá-los em conhecimentos. Pois, só assim eles vão fornecer os valiosos insights que vão orientar nossas decisões estratégicas, vão ajudar a identificar onde devemos colocar nossa atenção para impulsionar a lucratividade e o caixa.
Gestores, líderes e empresários não precisam ser especialistas em finanças, mas é essencial desenvolver uma relação com os números, é fundamental entender o que eles têm para nos dizer se quisermos gerenciar nossos negócios com mais tranquilidade, e não sermos pegos de surpresa com problemas financeiros. Ao invés disso, os indicadores podem nos apoiar na condução da empresa na trilha da prosperidade. Mas para que isso aconteça, temos que compreender que números econômicos e financeiros são mais do que meros dados, eles são ferramentas estratégicas que servem como uma bússola que nos ajudam a tomarmos decisões mais assertivas.
Não é segredo para quem lê os meus textos com frequência, que eu sou um defensor contumaz do uso de números na gestão empresarial. No entanto, como já escrevi em outras edições, eles não podem ser a reverência, mas uma referência. Eu tenho escrito e dito que os indicadores não devem ser considerados, nem mais e nem menos importantes do que os outros aspectos do negócio como clientes, colaboradores, comunidade, propósito, cultura etc.
Há algumas ocasiões em que necessitamos tomar decisões que podem ser prejudiciais para o lucro e para o caixa, como por exemplo, aceitarmos substituir um produto ou refazer um serviço apesar da falha ter sido do cliente. Algo que do ponto de vista legal não tínhamos nenhuma obrigação, mas optamos por uma decisão como essas para preservar o bom relacionamento e cultivar a relação, o que consequentemente trará resultados de longo prazo. Porém, é crucial que isso seja feito de maneira consciente com o apoio dos números.
Enfim, indicadores de lucratividade e formação de caixa são essenciais para incrementar os resultados. Mas...de nada adianta só apurar tais números se não forem transformados em ferramentas de aprendizado. Mas...por outro lado, não podemos considerá-los como soberanos, e tomar decisões só levando em conta números econômicos e financeiros.
Marcelo Simões Souza
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